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terça-feira, 11 de março de 2008

Flesh! - Sonhos morais?

Volt(ando): Lúcio Bastos

Uma das cenas que achei mais curiosa em Os Sonhadores, do Bernardo Bertolucci, foi os pais chegarem em casa, avaliarem a cena, deixarem o cheque e sairem de fininho.

De qualquer forma, a notícia de hoje é repetida(vale a pena observar as datas em que o assunto veio à tona em cada publicação), como uma criança que fala palavrão só pra ver a reação dos adultos. Dois irmãos, criados separados, apaixonaram-se e geraram 4 filhos. A Suprema Corte alemã está agora para julgar se eles teriam cometido crime. Se incesto é crime.

Na verdade, França, Holanda e Bélgica já "descriminalizaram" o incesto. E a antiga Grécia tem bastantes histórias dessa relação.

Pode-se até virar a cara, torcer o nariz e, mesmo, furar os próprios olhos. Mas eu me pergunto: o que é natural, o que é moral, o que é social, o que é lei, o que é ficção?

Estamos a caminho de redimir Calígula, ou evoluindo humanamente? Ou ambos?

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1ª Imagem - Maio de 68 - Fonte: Flickr
2ª Imagem - Poster do Filme Calígula - Fonte: 2001

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Flesh! - Vende-se um rim - Único dono

Textando: Lúcio Bastos

Distintamente me lembro de ler um anúncio destes num jornal, quando mais jovem. Acho que o rim custava algo próximo de R$ 5.000,00.

Mais tarde conheci a tal lenda urbana, do personagem que começa numa festa e termina numa banheira de gelo, sem os rins.

Vale a pena comparar as duas imagens desse post. Uma é a capa de um livro sobre o "mercado de órgãos", outra é um anúncio real! Fico pensando comigo qual tem mais "apelo"...

O fato é que a polícia indiana está atrás dos responsáveis pela "realização" da lenda urbana. Alguns foram presos em Gurgaon, sexta maior cidade da Índia, e outros estão sendo procurados na capital, Mumbai, onde investiga-se se também teria sido realizado o comércio ou mesmo o "roubo" de rins.

Blog: Vi o mundo - Luiz Carlos Azenha - 30 de janeiro de 2008.

LADRÕES DE RINS: LENDA URBANA CONFIRMADA NA ÍNDIA

Quem já ouviu falar daquela lenda urbana segundo a qual qualquer um de nós pode ser doador involuntário de órgãos? Aquela, que muda de acordo com a cidade. No Rio de Janeiro, os "assaltantes" usariam mulheres para atrair banhistas na praia. Uma vez no motel com aquele mulherão de outro planeta, você seria anestesiado e só ao acordar descobriria que perdeu um dos rins.

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1ª Imagem - "Kidney for sale by owner" - Mark J. Cherry - Fonte: AIGA
2ª Imagem - Post: "Kidney for sale! - Fonte: Blog de Ali Ahmadi

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Flesh! - Dicionário de Fazer as Pazes com as Palavras

Textando: Lúcio Bastos

Disse-me alguém, que estava na Alemanha quando os aviões começaram se chocar com o World Trade Center, que a reação do povo que assistia à TV era de terror: "Meu D-us, vai começar tudo de novo!"

A mim me parece que a Alemanha tem mesmo um difícil passado pela frente.

Essa iniciativa, que retirei do FOG, é curiosa:

Der Spiegel (Uol, Mídia Global, tradução de Deborah Weinberg): 31 de janeiro de 2008.

Novo dicionário ressalta palavras nazistas a evitar


Dezenas de palavras na língua alemã, desde "degenerado" até "solução final" tornaram-se tabu por seu uso pelos nazistas. Um novo dicionário de termos do Terceiro Reich fornece um guia do campo minado lingüístico


[...]


Agora, um novo dicionário examina qual papel tais termos têm na psique coletiva alemã. O "Wörterbuch der 'Vergangenheitsbewältigung'" (dicionário de fazer as pazes com o passado) examina cerca de 1.000 palavras e frases -tudo, desde "Anschluss", usado para se referir à "anexação" de 1938 da Áustria até "Wehrmacht", nome das forças armadas da era nazista. O dicionário acompanha como o significado e o uso dos termos desenvolveu-se desde o final da Segunda Guerra Mundial.


[...]


Notícia no Der Spiegel

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1ª Imagem - Maakotka, Golden Eagle, Aquila chrysaetos - Fonte: Pekka Komi

sábado, 27 de setembro de 2003

Flesh! - O que Napoleão escondia no peito

Apontando: Lúcio Bastos

A razão mais citada, e óbvia, para a mão enfiada no colete é a de que Napoleão sofria com terríveis dores estomacais.

Na verdade, nosso olhar primário para vultos históricos, principalmente líderes militares, usa as lentes das expectativas, ou preconceitos. Exagerando, o que se conhece ou espera, o moldar a realidade ao que se quer ver (ou ao que sequer vê: 3 de espadas), culmina em absurdos como, na França, em determinado momento, editar-se uma
lei proibindo de se dar o nome Napoleão a porcos¹.

Eventualmente, no entanto, aparecem publicações, sobre tais figuras, com outro enfoque, e surge, por exemplo, uma
Carlota Joaquina delicada, que chamava D. João VI de “meu amor”.

E é explorando uma faceta menos (?) heróica do imperador que podemos oferecer uma explicação alternativa ao senso-comum-úlcera-gástrica, apesar de mais... adocicada. Um outro olhar.

Carta à cidadã Josephine Bonaparte

14, Germinal, ano IV (3 de abril de 1796)

[...]

Minha querida e única, Josephine, separado de você não há alegria; longe de você o mundo é um deserto onde estou só e não posso abrir meu coração.

Você tomou mais do que minha alma; você é o foco da minha vida.

Quando estou cansado da chateação do trabalho, quando sinto os efeitos, quando os homens me perturbam, quando estou pronto para amaldiçoar estar vivo, eu ponho a mão em meu coração, onde está pendurado seu retrato, olho para ele, e o amor me traz perfeita felicidade, e tudo são sorrisos, exceto o tempo que devo passar longe da minha amante.

[...]

Napoleão Bonaparte

(tradução de LB)

Cartas e Documentos de Napoleão – Universidade de Oxford

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1ª Imagem – Retrato de Napoleão (editada) – Fonte: Universidade de Stirling
Imagem – Ilustração e Carta de Napoleão (Leilão da Christie’s) – Fonte: Telegraph
¹ Vale lembrar George Orwell